quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Portugal é uma Fatalidade

O Estado da Cultura e da Educação
Os portugueses devem pensar seriamente em si próprios e na sua vida comum. Bem sei que pensar não é o ponto forte da alma nacional, mas, se tentarem e não conseguirem pensar, podem concluir com segurança que não foram feitos para serem grandes homens e muito menos homens de pensamento. Já são mais de oito séculos de história e poucos são os feitos dos portugueses.
Nada frutifica nestas terras devassadas pela inveja e pela corrupção endémicas. Portugal é o couveiro da vida superior. Todas as instituições portuguesas ao longo dos tempos especializaram-se nesse crime: matar a cultura superior. A alma portuguesa é profundamente invejosa e, por isso, homicida. Tudo o que promete florir é imediatamente assassinado. Os portugueses são especialistas na arte de matar a inteligência e a distinção. Preferem viver na ilusão e representar falsos papéis de gente bem comportada. Mas, por detrás desses papéis, não há um self autêntico, mas um animalzinho assustado e com medo de ficar uns breves segundos consigo mesmo.
Como testemunha a nossa história, não há reforma que mude substancial e qualitativamente os rumos nacionais. Os portugueses nasceram burros e burros querem permanecer. Os sinais desta burrice são evidentes por todos os lados. Basta comunicar com um português para ver o mesmo cenário ou ligar a TV e escutar com atenção os seus empregados ou ir a uma escola ou universidade. Até mesmo os que se distinguem pela sua inteligência não conseguem mudar nada; pelo contrário, eles é que acabam por se apagar sufocados por uma multidão oportunista.
Os portugueses não desejam mudar nada, simplesmente porque não pensam e não sabem em que mundo vivem. Pastam, uns mais do que outros, mas fora disso são absolutamente iguais: almas invejosas e corruptas, destituídas de inteligência superior.
De forma objectiva, podemos dizer que Portugal é uma mentira quase milenar e, por isso, a maior fatalidade. Ser português não é uma honra, mas uma vergonha e, pior que isso, uma fatalidade. Graças às falsas políticas educacionais e culturais, os portugueses podem obter títulos e diplomas, com os quais se identificam completamente, mas não podem obter ou mesmo comprar a inteligência de que carecem, provavelmente por razões genéticas e de desenvolvimento. Sempre que bloqueiam um ser inteligente, e os professores são especialistas nisso, impedindo-o de desabrochar, roubam uma oportunidade e, portanto, cometem um crime, mas não ficam por isso mais inteligentes. Apenas se afundam na sua perversidade e na sua crueldade. De certo modo, os portugueses são canibais, mas, ao contrário dos astecas, a sua guerra não é florida, mas escura como os seus rostos, que, após breves momentos de brilho, retomam as feições ancestrais, a dos seus pais ou avós. Portugal é feio, muito feio, além de ser uma terra sem futuro.
Apesar disso, existe por vezes um rasgo de inteligência naqueles rostos endurecidos pela vida e pelo trabalho. Os que são tratados como desqualificados pelos luso-diplomados na mentira sabem que os diplomas valem muito menos do que a sua antiga quarta classe. Mas os governos insistem em obrigar os jovens a ir à escola e a prosseguir o ensino universitário, não para aprenderem, mas para receber gratuitamente e sem esforço um diploma. Foi isso que mais mudou depois do 25 de Abril: antes estudava-se para conseguir um diploma, agora já não é preciso frequentar as aulas para ter um diploma. A burrice nacional aboliu finalmente as escolas e não sei como os governantes ainda não descobriram que para dar diplomas podem dispensar os professores e restantes funcionários e lucrar com a venda dos edifícios escolares. A Loja do Cidadão pode também assumir esse serviço: passar diplomas. Nesta matéria, somos obrigados a dar razão a Paulo Portas: os argumentos da inclusão são basura. As políticas da educação revelam que a cultura em Portugal é uma mentira.
Será que estou certo? Ou estarei enganado? Até agora nunca me deparei com um mero gesto que desmentisse esta minha tese, que partilho agora e publicamente com os próprios portugueses. A minha paixão pela vida não permite que seja optimista por muito tempo. Portugal é uma fatalidade para os que cá nascem ou nasceram ou nascerão e pouco convidativo para os estrangeiros.
J Francisco Saraiva de Sousa

2 comentários:

André LF disse...

Tudo o que foi dito sobre os portugueses/Portugal se aplica aos brasileiros/Brasil.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Já comentei: "farinha do mesmo saco"! :)))